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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Minhas Moscas - Pequena

Pequena

Meu suar é frio,
febril.
É o céu que me adoenta
lamenta.

Então ao cair do sereno
imensidão me adoeceu.
Foi na ausência do veneno
como roubo num beijo seu.

Pequena,sem demora
me cura.
Vem 'bora
docura...

Tá vendo
lá como é doce.
O céu limpo no sertão
limpo e doce como toque das tuas mãos.

Pequena
me salva...
Minha'alma
serena.

Me leva pra longe do céu
cê ta pronta, pro que vier.
Me leva pra ti, minha morena,
me molha nas nunvens teu mel.

A noite me adoeceu
minha febre,ah é paixão!
Me cura menina, num beijo teu
acalma meu coração.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Minhas Moscas - Pôr

Pôr

Um coração frágil
antes tão acelerado
não quer mais bater.
Vem cá,vem fazer.

Teu olhar faz
minha voz voltar,
minha mão tremer,
meu coração bater.

Vem pra cá,olha a tarde
vem dividir comigo
o último raio de luz.
Vem ver a noite nascer.

Olha só, as estrelas brilham
veja bem, como os olhos teus
e o vento bate
como bateria meu coração.

Vem cá, fazer
quentes tuas mão no meu ser
Vem antes de amanhecer
meu coração bater.

Minhas Moscas - Lance

 Lance

Como num entrance.
Um lance meio estranho.
No começo de um romance
no fogo tamanho.

Pedindo que eu dance
me pegou pela cintura.
Um olhar meio relance
me levava à tontura.

Mas me calou
num beijo doce.
Trouxe à tona
um antigo amor.

Era mais um.
Entre rosas e poemas
me achei tão pequena.
Entreguei-me ao incomum.

Fui dele aquela noite.
foi daquela noite o lance.
Acanhada à meia-noite
fiz de tudo ao meu alcance.

Como um entrelaço.
Entregue ao meu estranho.
Deitada nos seus braços
nunca mais acanho.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Minhas Moscas - Meu manual

 Meu Manual
Nada posso reclamar do que escrevo..
Seria como reclamar da minha própria vida.
Ao menos eu tenho a capacidade, ou a mediocridade
de escrever em versos,
aquilo que penso e condeno,
aquilo que amo
ou não.

Eu que sempre achei sem ritmo os versos,
os escrevo novamente de peito aberto.
Queira ou não, meu tom é inverso
se não tenho meu bom por perto.

Meu bom é distante
um instante.

Não existe malícia, meu bem
nos versos de quem não pode rimar.
Como eu rimo nos risos de alguém
meu amor, deixe de amar.

Mergulho numa banheira de perfume
pra disfarçar as marcas
e por mais que arda..
preciso esconder,
meu próprio cheiro.

Eu quero ser artista,
de rua, nua
de bar,de noite
de dia.

Eu quero ser artista,
de novela, de rádio
de música, de cores.

Eu quero ser artista,
de revista, jornal
de moda, passarela
de aquarela.

Eu quero ser artista,
de teatro, da vida dos outros.
Eu quero ser artista de cinema
nasci artista de poema.

Não sou modernista,
nem clacissista.
Não sigo as regras
nem da quebra
...
Não sou romantista.
Eu sou artista.

Pois se eu quiser,
escrevo sonetos .
Canto meus sonhos
em segredo.

Se eu quiser
quebro na loucura
inverssa.

Eu escrevo como eu quero
eu sou o que eu quero.
Eu sou Fernista.
Eu sou artista.

Minhas Moscas - Como Acaba o amor?


Como Acaba o Amor?

Como acaba o amor?

Num grito apavorado de paixão.
No silêncio de uma decepção.

Nos passos largos
no barulho do salto.
No cair imóvel
fincado no asfalto.

Num suspiro aliviado.
Numa disritmia.

Na dor, na alegria.

Como acaba o amor?

Numa fuga de dois seres
equivalentemente desproporcionais.

Na mistura de essências
de materiais opostos.

Na discordância de gostos
na perca dos rostos.

Como acaba o amor?

No amargo doce de teus lábios gélidos
No porta retrato quebrado, nas cartas rasgadas
Nas lembranças escondidas entre um adeus mal dado
Nos gritos e sussurros, no meu quarto,numa noite sem amor.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Minhas Moscas - Última


 Última

Habitante de uma outra dimensão,
estou preso no aperto do lado de fora de um abraço...
E morrerei de paixão
entre o desprezo e o cansaço.

E antes do meu último suspiro
darei meu último sussurro,
pois morte de paixão é digna de drama.
Beijar-lhe-ei a boca, os lábios vermelhos da morte.

Misturarei meu sangue ao teu
amor... Quem és tu, que me mata de ansiedade,
de vontade, de intenso desejo de fim?
A quem prometo minha vida?

Porque? pra quem dou meu amor
se não há amor pra mim no universo?
Nem amor que me dê um sentimento inverso.
Pois se for raiva, que seja..
sentirás algo por mim.

Antes do fim...

Quem sabe tenha tempo de olhar em teus olhos
tão negros, tão verdes ou azuis.
Não os conheço.
Quem sabe tua pele, branca ou negra.
Tocar tua mão, quente ou fria.
Viver tua vida, cheia ou vazia.
Acariciar tua curva, esguia.

Morrerei de amor sem dúvida!
De paixão envenenada,
pela ausência
de afeto, de afago
apago

Minhas Moscas - Laboratório dos poetas sem versos

 Laboratório dos poetas sem versos

Não confie plenamente na ciência
não faça nenhuma confidência.
Os cientistas sempre são poucos
e muito loucos.

Nunca desacredite nos loucos,
cada ilusão tem seu lado verídico,
são eles os que tem a cura.
A ciência da loucura

Nunca é sempre pouco.
Sempre nunca é suficiente

A loucura que cega a ciência
é a paixão.
Como fogo ardente
que devora,devasta os livros de Alexandria.

A insanidade é fria.
Em teu peito devora-te o cérebro
e cada neurônio ainda existente.
Loucura latente

Busca em teus sonhos, oh musa de luz
em teus estúpidos flashes amáveis
na tua tese intrigante.

Busque nas suas teorias, oh sábio filósofo
se és insano à paixão,
tão louco é teu cálculo
que não perturbado é de amor?

Nunca confie em cientistas,
pois são poetas loucos
de paixões em fórmulas
na falta de versos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Minhas moscas - Grãos e Cordas

Grãos e Cordas

Eu quis ver o mar.
Tudo que me deu foi areia
como se a praia fosse longa ou longe de mais.
Como se pra nóis dois bastasse o luar.

Eu quis ver o céu.
Tudo que me deu foi o som
como se um acorde de violão conquistasse meu coração.

Eu quis ter amor
e meu estendeu a mão.
Como se fosse aquele meu mar..
meu céu..
meu tom.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Minhas moscas - Desabafo do Poeta cansado


Desabafo do Poeta cansado

 cansei de fazer sempre a mesma coisa
e amar sempre do mesmo jeito
cansei de falar as mesmas coisas
as mesmas frases prontas
cansei dos mesmos lugares
dos mesmos palpites
cansei das mesmas rimas
das mesmas virgulas
cansei de chorar pelos mesmos motivos
cansei de ouvir as mesmas porcarias
cansei de escrever a mesma coisa
cansei de ter sempre a mesma opinião
eu acho sempre a mesma coisa



 sempre a mesma merda

( as mesmas desculpas pelos meus palavrões fora de hora)

domingo, 21 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Vou inventar ...







Vou inventar todo o resto

Quem sabe um dia
eu tome meu café calada,
pegue minhas coisas
e saia pela porta da frente.

Talvez eu rasgue todas as suas roupas
e jogue pela janela.
Eu risque teu carro
e fure os pneus.

Irei quebrar todos os porta-retatos,
rasgar todas as cartas.
Chegar tão perto quanto num beijo
mas estarei gritando, xingando até os seus vírus.

É mais provável que eu nunca more contigo,
que nossas roupas não ocupem o mesmo guarda-roupa
e que as nossas cafeteiras sejam diferentes.

É lógico, que nunca irei bater a porta na sua cara
pois nunca iremos morar na mesma casa.

E não irei te xingar,
pois nunca iremos compartilhar
dos mesmos sentimentos
eu lamento...

mas quem sabe...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Marionete bipolar

Marionete bipolar.

No céu ou mar.
Se é sim ou não.
É mais raiva que paixão
sentimento bipolar.

Se por acaso, comigo cantar...
me encanta,
me engana
quem um dia, disse me amar.

Porque é tudo bipolar.
Em questão de segundo,
me cai o mundo.
Eu não consigo segurar.

Ao sussurrar no meu ouvido,
quem sabe até arrepiar.
A raiva cega, até duvido
vejo no fundo do olhar.

Teu desprezo é tão grande
quanto a minha obsessão.
Sou marionete de barbante
ofegante em tuas mãos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Por Gaspar

Por Gaspar

Antes tarde
do que nunca tê-la amado.
Entre todo erro meu
teu é o pecado.

Encantai-me de propósito e logo
retraí-me em tua sombra,
e me traduz em versos longos e negados
fazer-me amar foi o errado.

Ao tentar contê-lo, perco-me em luxúria.
Trego em mim teu veneno mais letal
e devora-me no auge da tua fúria,
agora, tarde, tonra-se mortal.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Minhas Moscas - por flores cores

Por Flores cores

Com minhas mãos trêmulas
apalpo o chão molhado
lembrando dos teus poemas
escorre meu pranto calado.

Eu planto os versos de um amor sem fim
regado com lágrimas de orvalho doce
meu pranto quieto não é ruim
mesmo se triste fosse

Eu semeio a flor de um amor bonito
enrriqueço a terra com saudade
e sem meio de esconder o ciume infinito
mesmo se tivesse vontade

As minhas flores não têm espinho
e colorem nosso jardim imenso
por favor não me deixe sózinho
me beije enquanto eu penso

Não sei fazer poemas
não entendo jardinajem
não conheço seus esquemas
nem seu rosto sem maquiagem

Eu planto as mudas do meu desejo
de ser feliz contigo
quero te dar muito mais que meu beijo
quero serflores,rimas seu melhor amigo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Pra não dizer...



Pra não dizer que só falei de morte

Poderia dizer que o amor
corre nas minhas veias,
se essa essa taquicardia
não atormentasse meus dias.

Poderia dizer como brilha teu olhar.
Como a lua beija o mar.
Se não soubesse quão é salgada
a última lágrima da madrugada.

Poderia dizer como é lindo teu sorriso
um passaporte pro paraíso,
se eu conseguisse ter você
sem me perder.

Eu queria poder te falar,
sem me contrariar.
Me perdoa, por favor
eu tentei falar de amor

domingo, 24 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Palavras sem significado.





Palavras sem significado.


Se não tivessem importância,
nunca seriam ditas.
Se tudo não passa de palavras,
já são mais que nada.

O tempo só apaga o que é real.
Melhor pra nós dois,
temos um longo tempo,
um dicionário à nosso dispor.

Se pra você são só versos,
eu sinto muito.
O que eu sinto, é bem mais
que verbos, pronomes e adjuntos adverbiais.

sábado, 23 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Eu e você


Eu e você

Eu e você
talvez um sonho
quem sabe um dia, de mãos dadas
você e eu.

Eu e você
imagine
sentados na praça, tomando sorvete
você e eu.

Eu e você
na chuva
molhados fugindo, rindo
você e eu.

Eu e você
deitados na grama
brincando de imaginar desenhos nas nuvens
você e eu.

Eu e você
um sonho bom
o dia que eu chegar de avião, seremos
você e eu.

Minhas Moscas - Vão













Vão


Eu olho em vão pelo vão da porta.
procuro e não vejo nada.
Vejo no chão uma coisa morta,
vejo que é você ali parada.

Eu ouço no silêncio um balbucio
me lembro daquela estranha noite de frio.
Tento escutar em vão pelo vão das portas
o soar de suas palavras tortas.

Casa silenciosa
silenciosamente espionada
por meus olhos esquivos
de uma mente fechada.

Coração batendo acelerado
suor escorrendo por meu pescoço
peso de um corpo no chão estirado
corpo sem expressão em seu rosto.

A alma vazia
teu grito silencia.
Causando-te espanto
te mato em meu pranto.

(Fer Nogueira e Matt Souza)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Minhas Moscas



Precipitações

Um pouco de chuva era suficiente pra molhar nós dois.
Era o necesário pra nos amarmos depois.
Um pouco de chuva não é um temporal
mas se vier, que seja real.

E, sinceramente,
só precisa a chuva cair
para, derrepente
o chão sumir.

Então o vento bate,
a euforia invade.
E antes que o chão se parte
queria que fosse verdade

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Camonizar


Camonizar

Por amores nunca d'antes navegados,
surge ao longe a visão do que é verdade.
E custa um pouco a acreditar
me pergunto se o que eu vejo é real,
e a quem me mata sou leal
ou se estou a camonizar.

Qual a verdade do amor
e como pode saber?
Poeta caolho, com monovisão enxerga
o amor é fogo, que arde sem se ver.
E a invisibilidade não se nega.

Está por trás das chamas que acende.
Atrás do sorriso, é o que te faz contente.
Está no ato de camonizar, de deixar-se apaixonar.
O amor está no mar.

E o que se sente?
É a ferida mais aberta que se tem.
É a ausência de remédio que mantém.
É dor que desatina sem doer.
É a felicidade que nos prende ao sofrer.

E não quer a liberdade por completa,
por que o que completa está em outro.
E em outros olhos é que enxerga
o sonho marejado de outro amor
e se contenta descontente com tão pouco.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Minhas Moscas - temperamental


Temperamental

Os espelhos quebrados refletem
o ódio que pulsa nas veias.
Os olhos secos como flores mortas,
sorrisos falsos que arrebentam palavras
como ondas tensas no litoral.
Arrebenta as cordas que seguram
a liberdade, solta, desaba.
Por um triz, quase quites
sa derrubam os livres.
E de tão íntimos se destraem
se desconcentram, se desacatam.
Os espelhos quebrados refletem
duas faces do sangue fervente
que entre ódio e amor revelam
um temperamento demente.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Minhas Moscas - eu só amo


Eu só amo.

Eu te amo todos os dias
e cada vez que o vento toca em meus lábios.
Eu te amo todas as noites
e quando escrevo meus versos tão vagos.
Eu te amo a cada instante
e a cada ideia relâmpago.
Eu te amo em cada detalhe
detalhes teus que não conheço.
E de você conheço
apenas o que tem em mim
e te amo, cada vez mais
mesmo assim.

Cada verso meu é teu..
e só pra te provar,
pra provar do teu sabor..
por que cada verso meu sou eu,
e é só você em mim.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Minhas Moscas - ela te fez chorar ...


Ela te fez chorar no sábado


Não, não faça assim
tudo é um mal entendido
não pode ser assim tão ruim
não está tudo perdido

não, não fique assim
você não vai morrer dormindo
prometa pra mim
que vai estar bem domingo

não, não chore mais
esse não é o fim
eu sei que você é capaz
então não fique assim..

não passe de um mal entendido..
e ela não tenha partido
então por favor, sorria
amanhã e outro dia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Minhas Moscas - mesmo pra você



Mesmo pra você.
cada palavra minha é um beijo
cada suspiro um desejo
e de todos são mais profundos
aqueles que ninguém vê
nem mesmo alguém como você

Minhas Moscas - saudade


Saudade.
tudo que falta
me falta palavras
tudo é bem mais que mil palavras
o que falta é sentir tudo
são palavras o que falta
pra dizer tudo
e o que falta é você
e tudo vira falta.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minhas Moscas - copos


Copos

nessa rua eu vejo corpos
o sangue todo está em copos.
não vejo a hora de sair
não vejo ninguém por aqui. e quando vão se redimir?

nós éramos soldados
e soldados nunca temem.
As armas de flores funcionam
os nossos alvos mortos não mentem.

eu vi vocês exterminarem todos nós.
e tive a certeza que amor não há.
e agora estão sós
ninguém virá pra lhes salvar.

viajar, voar, tentar sonhar.
enterrar, terminar, tranquilizar.
hibernar, descançar, eternizar.
nunca mais voltar.

os campos minados
são agora magnéticos
unem os polos opostostos
e os inimigos são patéticos.

e o que vocês ganharam em nos derrotar?
nossos corpos nas calçadas pra limpar.
estamos todos mortos
guardem nosso sangue nos copos.

Minhas Moscas - vidros


Vidros

vidros nos separaram
como o tempo
como os passos

são esses vidros
que te impedem
de ver como rolam
doces lágrimas pelo meu rosto

são vidros que impedem
que possa ver de perto
um lindo quadro, um retrato
do qual você é moldura

são vidros..
que te impedem de ver
o quanto te amo

é o vidro quebrado
daquele espelho que ficou jogado
num canto
mas que vejo e sinto
que amo o reflexo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Minhas Moscas - carpe diem



Carpe Diem

Faça o que quiser fazer
Viva como quiser viver
Saiba que você vai morrer
mas aproveite mesmo assim
Carpe diem.

Colha mesmo que esteja verde
faça mesmo que esteja tarde
antes tarde do que nunca
Ande sem caminho assim
Carpe diem.

E breve a vida
e enquanto procuro
o tempo foge de mim
"colhe o instante,sem confiar no amanhã"

Quem dera eu pudesse
então aproveite o quanto pode
colha o dia.

Quem dera eu tivesse
como aproveitar o dia
Outro lugar eu estaria
não posso hoje não posso nunca
Estou em busca
Um caminho sem fim
Pra que eu possa aproveitar um dia
Carpe Diem.

(FerNogueira)

Minhas Moscas - peça-perdida


Peça-perdida

Eu sinto que falta
alguma coisa
um sorriso talvez
uma palavra mais alta.

Eu sinto
que estou procurando
no lado errado
eu minto.

alguma coisa pra ocupar
um vazio
um golpe certeiro
escapa.

eu acho
que não faz sentido
o sonho eu que tinha
perdido

(FerNogueira)