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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Minhas moscas - Desabafo do Poeta cansado


Desabafo do Poeta cansado

 cansei de fazer sempre a mesma coisa
e amar sempre do mesmo jeito
cansei de falar as mesmas coisas
as mesmas frases prontas
cansei dos mesmos lugares
dos mesmos palpites
cansei das mesmas rimas
das mesmas virgulas
cansei de chorar pelos mesmos motivos
cansei de ouvir as mesmas porcarias
cansei de escrever a mesma coisa
cansei de ter sempre a mesma opinião
eu acho sempre a mesma coisa



 sempre a mesma merda

( as mesmas desculpas pelos meus palavrões fora de hora)

domingo, 21 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Vou inventar ...







Vou inventar todo o resto

Quem sabe um dia
eu tome meu café calada,
pegue minhas coisas
e saia pela porta da frente.

Talvez eu rasgue todas as suas roupas
e jogue pela janela.
Eu risque teu carro
e fure os pneus.

Irei quebrar todos os porta-retatos,
rasgar todas as cartas.
Chegar tão perto quanto num beijo
mas estarei gritando, xingando até os seus vírus.

É mais provável que eu nunca more contigo,
que nossas roupas não ocupem o mesmo guarda-roupa
e que as nossas cafeteiras sejam diferentes.

É lógico, que nunca irei bater a porta na sua cara
pois nunca iremos morar na mesma casa.

E não irei te xingar,
pois nunca iremos compartilhar
dos mesmos sentimentos
eu lamento...

mas quem sabe...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Marionete bipolar

Marionete bipolar.

No céu ou mar.
Se é sim ou não.
É mais raiva que paixão
sentimento bipolar.

Se por acaso, comigo cantar...
me encanta,
me engana
quem um dia, disse me amar.

Porque é tudo bipolar.
Em questão de segundo,
me cai o mundo.
Eu não consigo segurar.

Ao sussurrar no meu ouvido,
quem sabe até arrepiar.
A raiva cega, até duvido
vejo no fundo do olhar.

Teu desprezo é tão grande
quanto a minha obsessão.
Sou marionete de barbante
ofegante em tuas mãos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Minhas Moscas - Por Gaspar

Por Gaspar

Antes tarde
do que nunca tê-la amado.
Entre todo erro meu
teu é o pecado.

Encantai-me de propósito e logo
retraí-me em tua sombra,
e me traduz em versos longos e negados
fazer-me amar foi o errado.

Ao tentar contê-lo, perco-me em luxúria.
Trego em mim teu veneno mais letal
e devora-me no auge da tua fúria,
agora, tarde, tonra-se mortal.