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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Minhas Moscas - por flores cores

Por Flores cores

Com minhas mãos trêmulas
apalpo o chão molhado
lembrando dos teus poemas
escorre meu pranto calado.

Eu planto os versos de um amor sem fim
regado com lágrimas de orvalho doce
meu pranto quieto não é ruim
mesmo se triste fosse

Eu semeio a flor de um amor bonito
enrriqueço a terra com saudade
e sem meio de esconder o ciume infinito
mesmo se tivesse vontade

As minhas flores não têm espinho
e colorem nosso jardim imenso
por favor não me deixe sózinho
me beije enquanto eu penso

Não sei fazer poemas
não entendo jardinajem
não conheço seus esquemas
nem seu rosto sem maquiagem

Eu planto as mudas do meu desejo
de ser feliz contigo
quero te dar muito mais que meu beijo
quero serflores,rimas seu melhor amigo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Pra não dizer...



Pra não dizer que só falei de morte

Poderia dizer que o amor
corre nas minhas veias,
se essa essa taquicardia
não atormentasse meus dias.

Poderia dizer como brilha teu olhar.
Como a lua beija o mar.
Se não soubesse quão é salgada
a última lágrima da madrugada.

Poderia dizer como é lindo teu sorriso
um passaporte pro paraíso,
se eu conseguisse ter você
sem me perder.

Eu queria poder te falar,
sem me contrariar.
Me perdoa, por favor
eu tentei falar de amor

domingo, 24 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Palavras sem significado.





Palavras sem significado.


Se não tivessem importância,
nunca seriam ditas.
Se tudo não passa de palavras,
já são mais que nada.

O tempo só apaga o que é real.
Melhor pra nós dois,
temos um longo tempo,
um dicionário à nosso dispor.

Se pra você são só versos,
eu sinto muito.
O que eu sinto, é bem mais
que verbos, pronomes e adjuntos adverbiais.

sábado, 23 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Eu e você


Eu e você

Eu e você
talvez um sonho
quem sabe um dia, de mãos dadas
você e eu.

Eu e você
imagine
sentados na praça, tomando sorvete
você e eu.

Eu e você
na chuva
molhados fugindo, rindo
você e eu.

Eu e você
deitados na grama
brincando de imaginar desenhos nas nuvens
você e eu.

Eu e você
um sonho bom
o dia que eu chegar de avião, seremos
você e eu.

Minhas Moscas - Vão













Vão


Eu olho em vão pelo vão da porta.
procuro e não vejo nada.
Vejo no chão uma coisa morta,
vejo que é você ali parada.

Eu ouço no silêncio um balbucio
me lembro daquela estranha noite de frio.
Tento escutar em vão pelo vão das portas
o soar de suas palavras tortas.

Casa silenciosa
silenciosamente espionada
por meus olhos esquivos
de uma mente fechada.

Coração batendo acelerado
suor escorrendo por meu pescoço
peso de um corpo no chão estirado
corpo sem expressão em seu rosto.

A alma vazia
teu grito silencia.
Causando-te espanto
te mato em meu pranto.

(Fer Nogueira e Matt Souza)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Minhas Moscas



Precipitações

Um pouco de chuva era suficiente pra molhar nós dois.
Era o necesário pra nos amarmos depois.
Um pouco de chuva não é um temporal
mas se vier, que seja real.

E, sinceramente,
só precisa a chuva cair
para, derrepente
o chão sumir.

Então o vento bate,
a euforia invade.
E antes que o chão se parte
queria que fosse verdade

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minhas Moscas - Camonizar


Camonizar

Por amores nunca d'antes navegados,
surge ao longe a visão do que é verdade.
E custa um pouco a acreditar
me pergunto se o que eu vejo é real,
e a quem me mata sou leal
ou se estou a camonizar.

Qual a verdade do amor
e como pode saber?
Poeta caolho, com monovisão enxerga
o amor é fogo, que arde sem se ver.
E a invisibilidade não se nega.

Está por trás das chamas que acende.
Atrás do sorriso, é o que te faz contente.
Está no ato de camonizar, de deixar-se apaixonar.
O amor está no mar.

E o que se sente?
É a ferida mais aberta que se tem.
É a ausência de remédio que mantém.
É dor que desatina sem doer.
É a felicidade que nos prende ao sofrer.

E não quer a liberdade por completa,
por que o que completa está em outro.
E em outros olhos é que enxerga
o sonho marejado de outro amor
e se contenta descontente com tão pouco.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Minhas Moscas - temperamental


Temperamental

Os espelhos quebrados refletem
o ódio que pulsa nas veias.
Os olhos secos como flores mortas,
sorrisos falsos que arrebentam palavras
como ondas tensas no litoral.
Arrebenta as cordas que seguram
a liberdade, solta, desaba.
Por um triz, quase quites
sa derrubam os livres.
E de tão íntimos se destraem
se desconcentram, se desacatam.
Os espelhos quebrados refletem
duas faces do sangue fervente
que entre ódio e amor revelam
um temperamento demente.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Minhas Moscas - eu só amo


Eu só amo.

Eu te amo todos os dias
e cada vez que o vento toca em meus lábios.
Eu te amo todas as noites
e quando escrevo meus versos tão vagos.
Eu te amo a cada instante
e a cada ideia relâmpago.
Eu te amo em cada detalhe
detalhes teus que não conheço.
E de você conheço
apenas o que tem em mim
e te amo, cada vez mais
mesmo assim.

Cada verso meu é teu..
e só pra te provar,
pra provar do teu sabor..
por que cada verso meu sou eu,
e é só você em mim.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Minhas Moscas - ela te fez chorar ...


Ela te fez chorar no sábado


Não, não faça assim
tudo é um mal entendido
não pode ser assim tão ruim
não está tudo perdido

não, não fique assim
você não vai morrer dormindo
prometa pra mim
que vai estar bem domingo

não, não chore mais
esse não é o fim
eu sei que você é capaz
então não fique assim..

não passe de um mal entendido..
e ela não tenha partido
então por favor, sorria
amanhã e outro dia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Minhas Moscas - mesmo pra você



Mesmo pra você.
cada palavra minha é um beijo
cada suspiro um desejo
e de todos são mais profundos
aqueles que ninguém vê
nem mesmo alguém como você

Minhas Moscas - saudade


Saudade.
tudo que falta
me falta palavras
tudo é bem mais que mil palavras
o que falta é sentir tudo
são palavras o que falta
pra dizer tudo
e o que falta é você
e tudo vira falta.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minhas Moscas - copos


Copos

nessa rua eu vejo corpos
o sangue todo está em copos.
não vejo a hora de sair
não vejo ninguém por aqui. e quando vão se redimir?

nós éramos soldados
e soldados nunca temem.
As armas de flores funcionam
os nossos alvos mortos não mentem.

eu vi vocês exterminarem todos nós.
e tive a certeza que amor não há.
e agora estão sós
ninguém virá pra lhes salvar.

viajar, voar, tentar sonhar.
enterrar, terminar, tranquilizar.
hibernar, descançar, eternizar.
nunca mais voltar.

os campos minados
são agora magnéticos
unem os polos opostostos
e os inimigos são patéticos.

e o que vocês ganharam em nos derrotar?
nossos corpos nas calçadas pra limpar.
estamos todos mortos
guardem nosso sangue nos copos.

Minhas Moscas - vidros


Vidros

vidros nos separaram
como o tempo
como os passos

são esses vidros
que te impedem
de ver como rolam
doces lágrimas pelo meu rosto

são vidros que impedem
que possa ver de perto
um lindo quadro, um retrato
do qual você é moldura

são vidros..
que te impedem de ver
o quanto te amo

é o vidro quebrado
daquele espelho que ficou jogado
num canto
mas que vejo e sinto
que amo o reflexo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Minhas Moscas - carpe diem



Carpe Diem

Faça o que quiser fazer
Viva como quiser viver
Saiba que você vai morrer
mas aproveite mesmo assim
Carpe diem.

Colha mesmo que esteja verde
faça mesmo que esteja tarde
antes tarde do que nunca
Ande sem caminho assim
Carpe diem.

E breve a vida
e enquanto procuro
o tempo foge de mim
"colhe o instante,sem confiar no amanhã"

Quem dera eu pudesse
então aproveite o quanto pode
colha o dia.

Quem dera eu tivesse
como aproveitar o dia
Outro lugar eu estaria
não posso hoje não posso nunca
Estou em busca
Um caminho sem fim
Pra que eu possa aproveitar um dia
Carpe Diem.

(FerNogueira)

Minhas Moscas - peça-perdida


Peça-perdida

Eu sinto que falta
alguma coisa
um sorriso talvez
uma palavra mais alta.

Eu sinto
que estou procurando
no lado errado
eu minto.

alguma coisa pra ocupar
um vazio
um golpe certeiro
escapa.

eu acho
que não faz sentido
o sonho eu que tinha
perdido

(FerNogueira)