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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Minhas Moscas - Sonetos



Eu não faço sonetos
e nem pretendo fazê-los.
Se algum dia houver algum de minha autoria
certamente não é  meu.

Sonetos são demorados,
complicados de mais.
Poesia é pra mim como se apaixonar:
Acontece.

sem métrica,sem rima
bem desleixado.
Poesia pra mim não é como beijo
que precisa ser bem dado.

Nem por isso
quero dizer que
qualquer anotação em estrofes
seja poesia.

Não! Que absurdo esse.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Minhas moscas - Poesia crônica

Só se fala do que se sabe.
A gente vê o que está em volta
e é tudo turbulento...
são pensamentos de congestionamento.

Tudo passa tão de pressa
que para-se de preocupar com certas regras:
pare no lugar certo, reduza...
e pra esqueçer da métrica,
não vire na próxima esquina.

As coisas passam rápidas de mais
e o que tinha rima
sai jogado...
com a mesma imponência, só mais simples
mais rápido, mais prático.

Essa vida é uma doença
tão cotidiana
que chega a ser crônica
até a poesia.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Minhas Moscas - Simples


Paralelepípedo. 
É só um pedaço de chão.
Miocárdio.
Tão simplesmente complicado coração.
Mas toda essa firula é fugaz.
Na injúria de me sentir pedante
prefiro ser pedinte
de um sentimento inócuo, incólume
antes do que insolente.
Assim sou pândego.
Suscito perene.
Termino taciturno

antes da veneta..